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Vasco: Finanças em Risco? Entenda o Relatório que Preocupa a Diretoria

Por Redação FutVasco em 23/06/2025 15:31

O Club de Regatas Vasco da Gama figura entre as agremiações esportivas nacionais com os quadros financeiros mais frágeis. Conforme o estudo "Convocados 2025", uma iniciativa conjunta da Convocados Gestora de Ativos de Futebol e da OutField Inc., com o patrocínio da Galapagos Capital, a agremiação cruzmaltina opera em um patamar de "farol amarelo, quase vermelho", indicando um risco iminente. Este diagnóstico alarmante posiciona o time da Colina ao lado de outros gigantes do futebol brasileiro, como Corinthians, Internacional e Santos, no grupo das entidades com as situações mais preocupantes dentro da elite do esporte. A gravidade do cenário foi prontamente comunicada ao presidente vascaíno, Pedrinho, que, segundo informações divulgadas, já tem plena ciência da complexidade do desafio. Mesmo com a implementação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), os números revelam que os esforços para uma reestruturação efetiva ainda se encontram distantes do patamar desejado.

A Realidade Financeira do Clube da Colina

A pormenorização desse quadro foi apresentada por Pedro Oliveira, cofundador da OutField, e Joel La Banca, diretor da Galapagos Capital, em uma entrevista ao programa CNN Esportes S/A. Os especialistas detalharam as principais descobertas do levantamento, que lança luz sobre a saúde econômica dos clubes. "O Corinthians é um dos que mais preocupa. O Inter também se alavancou bastante recentemente", pontuou Oliveira, ressaltando o cenário de vulnerabilidade. Ele complementou, estendendo o alerta:

"Entre os principais clubes do Brasil, além do Corinthians, os faróis amarelos ? quase vermelhos ? também se acendem para Inter, Santos e Vasco da Gama".
O relatório sublinha que, apesar da perspectiva de uma expansão nas receitas globais do futebol brasileiro, a atual administração do clube de São Januário necessita urgentemente de uma revisão profunda em suas práticas de gestão. O objetivo é impedir que a situação financeira se deteriore a ponto de se converter em insolvência em um futuro não tão distante. "Se nada mudar, em quatro ou cinco anos, vamos ter problemas graves", advertiu Oliveira, projetando as consequências de uma inação.

O Crescimento das Receitas e o Desafio da Gestão

O mesmo estudo aponta para um incremento na arrecadação dos clubes, impulsionado, em grande parte, por novos contratos de patrocínio, especialmente após a regulamentação do mercado de apostas esportivas. Oliveira explicou que "2025 já deve registrar os 12 meses completos com efeito das casas de apostas", e que o Brasil vivencia um "momento interessante de crescimento nas receitas B2C ? bilheteria e sócio-torcedor". Contudo, este aumento nas fontes de renda, por si só, não se mostra suficiente para compensar modelos de gestão considerados imprudentes ou ineficientes. O documento é categórico ao enfatizar a necessidade de um novo ciclo administrativo, pautado pela responsabilidade fiscal, para evitar desfechos severos. Além disso, a comercialização de jogadores ainda representa uma parcela significativa, cerca de 25%, da receita total dos clubes, um panorama que, segundo o cofundador da OutField, "É natural que continue assim por um tempo".

Caminhos Para a Sustentabilidade e Exemplos a Seguir

Enquanto o Vasco da Gama enfrenta entraves financeiros consideráveis, outras agremiações são destacadas como referências de equilíbrio e prudência. Clubes como Fortaleza e Bahia, por exemplo, foram citados como modelos de gestão eficiente. O Bahia, em particular, colhe os frutos de investimentos estratégicos promovidos pelo Grupo City, que tem proporcionado uma estrutura robusta e planejamento de longo prazo. Ao analisar o São Paulo Futebol Clube, Oliveira observou que "Ele começa a trilhar o caminho que Palmeiras e Flamengo já seguiram", indicando uma trajetória de saneamento e sucesso que pode servir de inspiração. O relatório reitera que, mesmo em um ambiente de potencial crescimento financeiro para o futebol nacional, entidades como o Vasco precisam se adaptar a novas práticas de governança e transparência para reverter quadros que já se aproximam de um ponto crítico. Assim, o atual presidente do clube, que assumiu o comando com a explícita missão de reorganizar a instituição em todas as suas esferas, tem diante de si a imensa responsabilidade de reconduzir o time a um percurso verdadeiramente sustentável, tanto no âmbito esportivo quanto no administrativo.

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