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Vasco: Empréstimo de R$80 Milhões Vira Batalha Política de Oposição
Por Redação FutVasco em 26/09/2025 14:11
Uma nova controvérsia agita os bastidores de São Januário. Um coletivo de sócios da oposição formalizou um pedido de esclarecimentos à diretoria do Vasco, questionando a solicitação de um empréstimo de R$ 80 milhões. A iniciativa levanta acusações de uma possível inobservância estatutária. O requerimento do montante, vital para a saúde financeira do clube, foi encaminhado à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, exigindo a chancela da juíza responsável pelo processo de recuperação judicial. Em resposta, Felipe Carregal, vice-presidente jurídico do Cruz-Maltino, expressou seu descontentamento com a postura da oposição, conforme divulgado pelo portal "ge".
O clube da Colina tem a intenção de destinar os R$ 80 milhões para cobrir despesas operacionais essenciais, incluindo salários, pagamentos a fornecedores estratégicos e o cumprimento de obrigações trabalhistas e fiscais. A necessidade de recorrer a um empréstimo dessa magnitude sublinha a complexidade da situação financeira do Vasco , que se encontra em processo de recuperação judicial.
O Empréstimo Essencial e a Controvérsia Judicial
O documento da oposição, que se estende por oito páginas, foi assinado por um grupo de sócios composto por Diego Vasquinho, Eduardo Roberty, Erivelton Lazarini, Flávio Lopes, Francisco Kronemberger, Maurício Corrêa, Tanguy Baghdadi e Vitor Roma. O ofício foi endereçado ao presidente do clube, Pedrinho, e aos presidentes do Conselho Deliberativo, da Assembleia Geral, do Conselho de Beneméritos e do Conselho Fiscal, demandando uma série de ações e transparência.
Entre as exigências apresentadas, os sócios solicitam que a diretoria torne públicos os termos contratuais com a instituição financiadora, sem qualquer cláusula de sigilo, e que apresente, no mínimo, outras duas propostas de crédito. Adicionalmente, clamam pela elaboração de pareceres prévios dos Conselhos Fiscal e de Beneméritos, órgãos cruciais na fiscalização das contas e decisões estratégicas do clube.
Ainda na pauta de sugestões, o grupo propõe a formação de uma comissão paritária no Conselho Deliberativo e a submissão da matéria a um quórum qualificado para sua instalação. Em caso de aprovação da medida, ressaltam a necessidade de convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária, elevando o debate para a instância máxima de deliberação dos sócios.
As Exigências da Oposição: Transparência e Governança
É imperativo contextualizar os atores envolvidos neste embate. Estes mesmos indivíduos, que hoje se posicionam como vigilantes da governança, tiveram participação ativa na controversa venda do Vasco à 777 Partners, um período que muitos associam a um momento de grande instabilidade para o clube. Defenderam a permanência da SAF e, segundo uma visão crítica, agora parecem obstruir o processo de reestruturação. Além disso, foram figuras-chave na gestão anterior, período marcado por irregularidades na administração de sedes, como "gatos de luz e água", e integraram a comissão de futebol que culminou na permanência do Vasco na Série B do Campeonato Brasileiro.
Mais uma vez, a divulgação desta carta à imprensa, estrategicamente veiculada às vésperas da assembleia geral dos credores, revela-se um movimento de cunho essencialmente político. Embora a notícia gere burburinho, a natureza e o timing de sua aparição sugerem uma clara agenda de interferência, mais do que uma genuína preocupação com o bem-estar institucional.
O Legado dos Contestadores e Seus Objetivos Políticos
A percepção entre os vascaínos é de que tais ações não visam o auxílio efetivo ao clube. Há um ceticismo generalizado quanto às reais intenções deste grupo, que, em diversas ocasiões, demonstrou priorizar disputas políticas em detrimento da estabilidade e do progresso de São Januário.
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