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Vasco e Diniz: O Padrão Defensivo Que Assombra São Januário

Por Redação FutVasco em 05/08/2025 08:12

A passagem de Fernando Diniz pelo comando técnico do Vasco tem sido marcada por uma recorrente fragilidade defensiva, um problema que se agravou após a recente derrota por 3 a 2 para o Mirassol, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. A média de gols sofridos pelo clube sob sua batuta já supera a marca de um por partida, um indicador preocupante que, infelizmente, ecoa uma sina já observada em outros trabalhos do treinador.

Em meio a esse cenário, a voz de Luciano Mello ecoa com uma crítica contundente:

Essa atual gestão é a maior culpada pelo elenco que o Vasco tem
, apontando para as raízes estruturais dos desafios enfrentados pelo time.

O Padrão Defensivo na Carreira de Fernando Diniz

A análise dos números revela que a dificuldade em solidificar o setor defensivo não é um fenômeno isolado na atual passagem de Diniz por São Januário. Em todos os clubes que disputaram a Série A com o treinador, a média de gols sofridos por jogo superou a unidade. Um levantamento abrangente, que inclui passagens por Athletico-PR, Cruzeiro, Fluminense, Santos e uma passagem anterior pelo próprio Vasco , demonstra uma consistência preocupante nesse aspecto.

Na atual passagem pelo Vasco , a equipe já foi vazada 21 vezes em 17 confrontos, reiterando essa tendência de vulnerabilidade defensiva. A tabela abaixo detalha o histórico de gols sofridos por Diniz em clubes da Série A:

Times Jogos Gols Sofridos Média de Gols Sofridos
Athletico-PR (2018) 21 27 1,28
São Paulo (2019-2020) 77 89 1,15
Fluminense (2019, 2022-2024) 190 205 1,07
Santos (2021) 31 36 1,16
Vasco (2021) 12 18 1,50
Cruzeiro (2024-2025) 18 21 1,16
Vasco e Diniz: O Padrão Defensivo Que Assombra São Januário
Foto: (Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas)

A Defesa do Vasco em Comparação: Campeões e Rebaixados

Para contextualizar a performance defensiva do Vasco sob Diniz, é pertinente comparar seus números com equipes que alcançaram o sucesso na Série A, bem como com aquelas que amargaram o rebaixamento. Desde 2018, ano em que Fernando Diniz começou a comandar equipes da elite, os campeões do Brasileirão invariavelmente apresentaram médias de gols sofridos significativamente inferiores.

A discrepância é notável quando se observa a solidez dos times que levantaram a taça em contraste com a fragilidade das defesas dos clubes que caíram para a Série B. Enquanto os vencedores do Campeonato Brasileiro mantêm uma solidez invejável, as equipes que caíram para a Série B frequentemente exibem médias elevadas de gols sofridos, um grupo ao qual o Vasco de Diniz, com sua média atual, se aproxima perigosamente. Confira os números:

Ano Campeão Média Gols/Jogo Zona de Rebaixamento (Times) Média Gols/Jogo (Maior)
2018 Palmeiras 0,68 Vitória, Sport, América-MG, Paraná 1,70 (Vitória)
2019 Flamengo 0,97 Avaí, Chapecoense, CSA, Cruzeiro 1,63 (Avaí)
2020 Flamengo 1,26 Botafogo, Goiás, Coritiba, Vasco 1,65 (Goiás)
2021 Atlético-MG 0,89 Chapecoense, Grêmio, Bahia, Sport 1,76 (Chapecoense)
2022 Palmeiras 0,71 Juventude, Avaí, Atlético-GO, Ceará 1,81 (Juventude)
2023 Palmeiras 0,86 América-MG, Coritiba, Goiás, Santos 2,13 (América-MG)
2024 Botafogo 0,76 Criciúma, Atlético-GO, Athletico-PR, Cuiabá 1,60 (Criciúma)

Falhas Individuais, Jejum e o Respaldo da Direção

A situação do Vasco se agrava com o time já na zona de rebaixamento, após a vitória do Santos. A equipe não conquista uma vitória há sete partidas na temporada, configurando o segundo pior jejum de Fernando Diniz desde 2017, quando ele deixou o Audax-SP para assumir grandes clubes.

Além da alta incidência de gols sofridos, o treinador tem enfrentado uma enxurrada de falhas individuais por parte de seus atletas. O Vasco detém o lamentável e isolado recorde de sete gols sofridos no Campeonato Brasileiro que tiveram origem em erros individuais da defesa, conforme dados do Gato Mestre.

Internamente, a percepção é que esses deslizes defensivos, somados às chances claras de gol desperdiçadas no ataque e a fatores externos como as expulsões de Piton e Léo Jardim em jogos cruciais, têm minado o desempenho da equipe. Apesar do cenário desafiador, Fernando Diniz mantém o irrestrito respaldo da cúpula diretiva de Pedrinho em São Januário. A avaliação da gestão é que as atuações do time, que em alguns momentos demonstrou domínio de jogo, não têm sido traduzidas em resultados positivos, o que sugere uma crença na evolução sob o comando atual.

Com a pressão aumentando no Brasileirão, o Vasco e Diniz precisam agora redirecionar o foco para um compromisso de suma importância na Copa do Brasil. Nesta quinta-feira, o Gigante da Colina terá a missão de superar o CSA no jogo de volta das oitavas de final, em São Januário, após o empate sem gols na partida de ida em Maceió. O confronto, que terá início às 21h30 (horário de Brasília), representa uma oportunidade vital para a equipe dar uma resposta e aliviar a tensão que paira sobre o clube.

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