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Vasco: Diniz Brilha, Rayan Pede Passagem na Seleção Após Triunfo
Por Redação FutVasco em 16/10/2025 01:01
O recente triunfo do Vasco sobre o Fortaleza por 2 a 0, em partida válida pela 28ª rodada do Brasileirão 2025 no Castelão, não apenas garantiu três pontos vitais, mas também provocou uma efusiva declaração de Fernando Diniz. Em sua coletiva pós-jogo na última quarta-feira, o técnico cruzmaltino não poupou elogios ao jovem atacante Rayan, projetando o atleta na Copa do Mundo de 2026 com a Seleção Brasileira e qualificando-o como o mais versátil do cenário nacional em sua posição.
Rayan: O Talento Incontestável e a Projeção para a Seleção
A admiração de Diniz por Rayan é palpável, e suas palavras ressoam como um reconhecimento do potencial estratosférico do atacante. O treinador detalhou as características que, em sua visão, tornam Rayan um jogador único e indispensável para o futuro do futebol brasileiro.
? Acho que o Rayan , muito claramente, para mim é um jogador muito diferente. Considero ele talvez o atacante mais completo do futebol brasileiro. É um jogador que consegue jogar dos dois lados do campo, consegue jogar de 10 e consegue jogar de 9 com a mesma desenvoltura. É um jogador grande, canhoto, rápido, jovem, é um jogador que não precisa tomar distância da bola pra chutar e chuta de qualquer distância a bola no gol. Tem muita intimidade com o gol. Um atacante completo, e é um cara que para mim merece ser olhado com muito carinho pela Seleção, porque é muito talentoso e tem um potencial gigantesco.
Diniz também abordou a situação de Paulo Henrique. O lateral, que havia atuado pela Seleção Brasileira, foi poupado devido à alta minutagem, ao fuso horário e ao desgaste da viagem. O técnico fez uma comparação com Puma Rodríguez, que, apesar de também ter atuado pela seleção do Uruguai, teve um tempo de recuperação mais adequado. Diniz ressaltou a importância do descanso para Paulo Henrique , que estará à disposição na próxima segunda-feira, e celebrou sua performance com a camisa nacional, enxergando nele e em outros atletas vascaínos potenciais candidatos a futuras convocações.
? O Paulo Henrique , se ele não tivesse jogado, tivesse uma minutagem baixa, ele até veria pra cá como o Puma veio. Mas o Puma não jogou na terça, jogou na segunda, então ele conseguiu descansar, chegou em condições razoáveis para jogar e acabou sendo muito útil. O PH, o fato dele ter jogado ontem, mais o fuso horário e a viagem, eu acho que seria uma temeridade trazê-lo. A gente resolveu dar esse descanso pra ele e na segunda-feira ele vai estar à disposição. Acho que ele foi muito bem, aqui no Vasco todo mundo ficou muito feliz por ele. Eu já tinha estado muito feliz porque ele tinha entrado muito bem contra a Coreia, e acho que ele deu um passo importante para ter uma chance real de disputar a Copa do Mundo. Aqui tem outros jogadores, no Vasco , que vão se colocando em posição (de disputar a Copa).
Resiliência Tática: A Estratégia do Vasco com um Jogador a Menos
A expulsão de Hugo Moura ainda na primeira etapa, que deixou o Vasco com um a menos, testou a resiliência da equipe. Diniz, no entanto, revelou que essa não é uma situação inédita para o elenco, fruto de um trabalho tático específico no dia a dia. Ele enfatizou a importância de manter a estrutura, preservando jogadores como Coutinho e Nuno Moreira, essenciais para o controle da posse de bola mesmo em desvantagem numérica.
? Desde que eu cheguei, a gente treina muitas vezes com inferioridade numérica. Então, é um time que sabe lidar com uma situação desse tipo. Eu tenho um entrosamento tático e não queria abrir mão logo do Coutinho ou do Nuno, porque eu sabia que a gente, em determinado momento, teria a posse. E não é que a gente tenha tido só contra-ataque, em algum momento, mesmo com um jogador a menos, a gente controlou o jogo. Tivemos a bola no pé, a gente conseguiu tanto ter contra-ataque quanto ter o controle.
A manutenção do esquema tático, mesmo após a desvantagem numérica, foi uma aposta calculada do técnico. Ele optou por não retirar Nuno Moreira ou Coutinho, confiando na sintonia da dupla, fundamental na construção do primeiro gol, marcado por Rayan . Diniz explicou a reorganização defensiva e a sobrecarga que a situação impôs a Coutinho e Nuno ao longo da partida, evidenciando a inteligência tática do grupo.
? Tanto o Nuno, quanto o Coutinho, que são jogadores que controlam muito bem o jogo, conhecem muito bem o sistema, porque eles estão jogando de titular desde que eu cheguei aqui. Então, quando fui pro intervalo, a gente só reposiciona o time pra gente marcar no 5-3-1. E quando tivesse a bola, a gente tinha um pouco de controle. Quando deu 10, 12 minutos, eu já vi que pro Coutinho estava ficando sobrecarregado para ele chegar ao ataque, ter que voltar e marcar quase como com o terceiro volante, o Nuno também.
As Mudanças Cruciais e o Impacto das Substituições
A capacidade de Diniz em ler o jogo se manifestou nas substituições estratégicas. Aos 12 minutos do segundo tempo, a entrada de Matheus França, Puma Rodríguez e David injetou novo fôlego na equipe, sendo decisiva para o segundo gol. O técnico fez questão de ressaltar o notável empenho de Puma, que enfrentou uma exaustiva jornada após a Data Fifa com o Uruguai para estar à disposição do time.
? E eu fiz as trocas. Coloquei um jogador mais fresco, com mais saúde. Eu acho que a gente conseguiu, quando a gente tinha posse, ter o contra-ataque com mais velocidade, com a entrada dos jogadores, do David principalmente, que é um jogador que ajuda a marcar e chegar na frente. Então ele tinha 30, 35 minutos para jogar, e eu sabia que ele iria aguentar fazer a dupla função. Acho que todo mundo que entrou fez uma boa função.
? O Puma fez um esforço muito grande para vir da Ásia até aqui, se colocar à disposição para jogar. Então acho que o time fez uma das vitórias mais importantes, uma das mais difíceis que a gente teve no campeonato.
Vasco em Ascensão: O Sonho da Libertadores e a Visão Cautelosa do Treinador
O triunfo impulsionou o Vasco à nona colocação no Brasileirão, aproximando o clube do G-8. Diniz reconhece o anseio da torcida por uma vaga na Libertadores, mas adota uma postura de cautela, embora otimista. Ele argumenta que o desempenho da equipe, desde sua chegada, mereceria uma pontuação superior e que, agora, com os resultados se alinhando à performance, é legítimo "olhar objetivamente para cima".
? Sonhar o torcedor está sonhando faz tempo, e a gente também. Quando você está lá embaixo da tabela, é difícil ficar falando de Libertadores. Depois que eu cheguei, a pontuação do Vasco não condiz com que desempenhou, era para estar mais acima uns seis, sete pontos, no mínimo. Agora, com o resultado acompanhando o desempenho da equipe, existe uma tendência, não só sonhar, mas olhar objetivamente para cima. Mas sabendo que o campeonato é difícil.
? A gente está numa situação de meio de tabela. Podemos olhar não só pela pontuação, mas pelo desempenho desde o primeiro turno quando a gente não conseguia vencer, mas jogando bem. Isso faz com que a gente consiga sonhar e se projetar por uma posição melhor.
Em uma observação final sobre um de seus atletas, Diniz destacou o crescimento constante de um jogador que atuou como titular na partida. O técnico elogiou a velocidade e a capacidade de superar a marcação, apesar de apontar a necessidade de maior presença ofensiva de outros companheiros para finalizar as jogadas.
? Ele jogou de titular hoje, não precisa provar nada. Ele é um jogador que vem crescendo jogo a jogo, treino a treino. Ele levou vantagem não pelo Ávila, mas, sim, porque é muito rápido. É muito difícil marcá-lo. Faltou mais acabamento, chegar mais gente na área, mas ele fez uma partida muito boa.
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