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Vasco Desmascarado: Lição Tática do Palmeiras Expondo Fragilidades Defensivas

Por Redação FutVasco em 01/10/2025 21:01

A recente jornada do Vasco da Gama em solo paulista culminou em um revés contundente. O placar de 3 a 0 contra o Palmeiras, no Allianz Parque, não apenas interrompeu qualquer ambição de ascensão na tabela, como também escancarou deficiências estruturais no sistema defensivo da equipe cruzmaltina. Embora o time tenha ensaiado momentos de ímpeto ofensivo, a fragilidade na retaguarda se mostrou um obstáculo intransponível diante de um adversário que vive um de seus melhores momentos sob o comando de Abel Ferreira.

A derrota mantém o Gigante da Colina na porção inferior da classificação, um cenário que exige reflexão profunda sobre a capacidade de competir em alto nível. A eficiência palmeirense, especialmente nos primeiros minutos de cada etapa, expôs a falta de organização e combatividade do Vasco , que se viu rapidamente em desvantagem no marcador, e só não sofreu um placar mais elástico graças a intervenções decisivas do goleiro Weverton.

O Palmeiras de Abel: Eficiência e Arte em Campo

Abel Ferreira consolidou seu nome na história do Palmeiras com uma coleção de títulos impressionante desde sua chegada em novembro de 2020. Contudo, nos últimos cinquenta dias, o técnico português tem lapidado um Verdão que transcende a mera eficiência, adicionando uma "alta nota artística" ao seu desempenho. Essa nova faceta do time paulista, que combina solidez defensiva com um ataque envolvente, tem se mostrado implacável, especialmente em seus domínios.

A equipe alviverde tem demonstrado uma predileção por liquidar seus oponentes rapidamente no Allianz Parque. Nos últimos quatro confrontos válidos pelo Brasileirão, incluindo os duelos contra Sport, Internacional, Fortaleza e, mais recentemente, o Vasco , o Palmeiras abriu o placar antes dos quinze minutos de jogo. Contra o Colorado e o Gigante da Colina, a goleada foi construída precocemente, com um 3 a 0 assinalado ainda na primeira metade do tempo inicial.

O Colapso Defensivo Cruzmaltino: Uma Análise Detalhada

A superioridade palmeirense foi amplificada pela notável desorganização defensiva do Vasco . A equipe ofereceu espaços significativos entre os setores, demonstrou pouca combatividade na marcação do "primeiro passe" vindo dos defensores adversários e falhou na interpretação dos movimentos ofensivos dos donos da casa. Essa combinação de fatores abriu as portas para um revés inevitável.

O primeiro gol, aos cinco minutos, ilustrou perfeitamente essas falhas. Raphael Veiga, uma peça-chave no novo esquema do Palmeiras, flutuou da lateral para o centro, explorando as costas dos volantes vascaínos. Puma Rodriguez, em um lapso de atenção, não o acompanhou, permitindo que o passe de Murilo encontrasse Veiga. A jogada, que visava Vitor Roque em profundidade, foi mal cortada por Lucas Oliveira, e Flaco López aproveitou para abrir o placar com um belo chute.

A sequência do jogo apenas confirmou a fragilidade. O segundo gol surgiu de uma retomada de bola por Gustavo Gómez no meio-campo, após um desarme em Coutinho. Piquerez recebeu de Felipe Anderson e cruzou para Hugo Moura, que se enrolou e praticamente "entregou" a bola para Flaco López. O atacante argentino não perdoou, alcançando seu 21º gol em 50 jogos na temporada. A precisão na conversão de chances foi mantida no terceiro gol, onde Flaco, recebendo de Andreas nas costas dos volantes, encontrou Vitor Roque com um passe em profundidade. O jovem atacante driblou Paulo Henrique e Léo Jardim para selar o 3 a 0 aos 23 minutos. O restante da primeira etapa viu um Vasco com maior posse de bola, mas sem a efetividade necessária para criar perigo real.

O Duelo Tático e as Escalações

No embate tático, Abel Ferreira precisou contornar as ausências de Khellven e Lucas Evangelista, escalando Giay na lateral direita e recuando Andreas Pereira para a posição de segundo volante, com Raphael Veiga na meia-direita. Fernando Diniz, por sua vez, não pôde contar com Cuesta, optando por Lucas Oliveira ao lado de Robert Renan na zaga. Lucas Piton permaneceu fora, e Puma Rodriguez foi mantido na lateral esquerda, enquanto Tchê Tchê retornou de lesão no meio-campo.

A estratégia palmeirense se revelou superior. Giay e Piquerez avançavam bem abertos, empurrando Nuno Moreira e Rayan para longe do campo de ataque. Essa movimentação era viabilizada pelo recuo de Aníbal Moreno, que formava a "saída de três" com os zagueiros. Veiga e Felipe Anderson transitavam de forma inteligente, enquanto Andreas atuava como elo entre os setores. Vitor Roque e Flaco López, por sua vez, coordenavam seus movimentos de maneira eficaz, desmantelando a defesa vascaína.

Tentativas e Impotência: A Reação do Vasco

Com a bola, o Vasco conseguiu, em alguns momentos, encaixar boas trocas de passe no campo de ataque, buscando superioridade numérica em um dos flancos. Chegou a levar perigo com Rayan e Vegetti em diferentes jogadas, mas esbarrou em uma equipe adversária mais ajustada em todas as fases do jogo. O apetite palmeirense manteve-se alto no retorno para o segundo tempo, com pressões constantes na saída de bola cruzmaltina e manutenção da posse perto da área nos minutos iniciais.

Aos poucos, o Vasco conseguiu progredir com a bola, mas repetiu o problema da parte final do primeiro tempo: a dificuldade em criar oportunidades claras de gol. Fernando Diniz tentou aumentar a agressividade do time com substituições, tirando Nuno Moreira para a entrada de Andrés Gómez e, em seguida, Vegetti para David. O Palmeiras, no entanto, continuou a ameaçar, com Felipe Anderson e Piquerez se associando com qualidade pela esquerda, e Raphael Veiga acertando um belo lançamento para o lateral antes de ser substituído.

Flaco López e Vitor Roque estiveram muito perto de ampliar o placar, assim como Murilo, em uma cabeçada perigosa. Abel Ferreira, então, começou a gerenciar o resultado, promovendo diversas alterações. Raphael Veiga e Felipe Anderson foram os primeiros a sair, dando lugar a Facundo Torres e Ramon Sosa. Posteriormente, Maurício, Bruno Rodrigues e Allan substituíram Flaco López, Vitor Roque e Andreas Pereira.

As mudanças no Palmeiras resultaram em uma queda no poder de envolvimento dos donos da casa, o que permitiu ao Vasco , já com Mateus Carvalho em campo e Hugo Moura atuando como zagueiro após a saída de Lucas Oliveira , criar chances para diminuir o placar. Contudo, Weverton se mostrou intransponível, impedindo gols certos de Philippe Coutinho e Andrés Gómez após os trinta minutos finais, garantindo que o resultado não fosse alterado até o apito final. A atuação do goleiro palmeirense foi crucial para manter a meta invicta e sublinha a dificuldade do Vasco em converter suas raras oportunidades.

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Rafael

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Comentado em 02/10/2025 01:20 Palmeiras deu aula, mas tamo só começando, vamo Vasco!
Sofia

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Comentado em 01/10/2025 23:10 Esse time tem potencial, só precisamos ajustar a zaga!
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