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Vasco: Derrota para Botafogo Expõe Insistências de Diniz e Traz Lições Cruciais
Por Redação FutVasco em 06/11/2025 04:12
O Club de Regatas Vasco da Gama registrou sua segunda derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro nesta última quarta-feira, sofrendo um revés por 3 a 0 diante do Botafogo, no Estádio Nilton Santos. Diferentemente do confronto anterior contra o São Paulo, a superioridade do adversário foi inegável, conforme reconhecido pelo próprio técnico Fernando Diniz em sua coletiva de imprensa pós-jogo. A performance aquém do esperado, desde os instantes iniciais da partida, diminui consideravelmente as esperanças de alcançar uma posição no G-7.
Aqueles que acompanharam as duas partidas consecutivas do Vasco testemunharam duas equipes com atuações diametralmente opostas, apesar de ambos os jogos terminarem em derrota. Em São Januário, o time, impulsionado por uma sequência de quatro vitórias, exibiu um bom desempenho, especialmente no primeiro tempo, e chegou a ser aplaudido pelos torcedores mesmo após perder por 2 a 0 para o São Paulo. Contudo, o contraste com o clássico no Nilton Santos acende um forte sinal de alerta sobre a consistência da equipe.
O Veredito do Placar: Uma Lógica Inevitável
O placar de 3 a 0 reflete a superioridade e, até mesmo, a lógica matemática do que Botafogo e Vasco produziram na noite de quarta-feira. Os anfitriões impuseram seu ritmo desde o apito inicial, criando diversas oportunidades e demonstrando um controle de jogo que indicava a vitória como uma mera questão de tempo. O time comandado por Diniz, por outro lado, não conseguiu finalizar nenhuma vez na direção do gol adversário. Essa simples estatística já aponta para o desfecho natural do confronto.
O Vasco enfrentou enormes dificuldades para executar o estilo de jogo preferido por seu treinador. Em praticamente todas as tentativas de avançar as linhas de marcação para pressionar o Botafogo, o adversário encontrava uma falha tática evidente no meio-campo, conseguindo sair jogando com extrema facilidade. Na primeira linha de pressão, Vegetti e Coutinho apresentavam baixa intensidade na marcação, pouco incomodando a construção de jogadas do time alvinegro. No setor central, Barros demonstrava estar visivelmente sobrecarregado, enquanto Tchê Tchê entregava mais uma atuação abaixo do esperado.
Desajustes Táticos e a Facilidade do Adversário
Com essa configuração, Marlon Freitas teve liberdade para orquestrar o jogo, distribuindo passes perigosos, em especial lançamentos nas costas da defesa vascaína. Vitinho e Santi Rodríguez surgiam frequentemente em boas condições pelo lado direito do ataque, aproveitando os espaços deixados entre Lucas Piton e Robert Renan para criar inúmeras oportunidades de gol.
O primeiro tempo terminou com a única semelhança em relação à derrota para o São Paulo: um pênalti desnecessário cometido nos últimos instantes antes do intervalo. Desta vez, Carlos Cuesta foi o responsável pela infração dentro da área. Alex Telles converteu a cobrança, superando Léo Jardim, que já havia realizado duas defesas espetaculares ao longo da etapa inicial, evitando um placar ainda mais elástico.
As Escolhas de Diniz no Segundo Tempo
A estratégia de Diniz para o segundo tempo não produziu os resultados esperados. Tchê Tchê foi substituído por Matheus França, que atuou pela segunda partida consecutiva na posição de segundo volante. Com a improvisação do jogador nessa função, a questão dos espaços cedidos na região central do campo tornou-se ainda mais acentuada.
A intenção de conferir mais ofensividade à equipe não se concretizou. O Vasco até iniciou a etapa final com um pouco mais de controle da posse de bola, mas novamente sem conseguir criar chances claras de gol. França cometeu muitos erros na construção das jogadas e deixava grandes lacunas na marcação. A equipe de Davide Ancelotti, por sua vez, aproveitava os contra-ataques e encontrava ? desde o primeiro minuto do jogo, na verdade ? uma defesa vascaína completamente exposta.
Ausências e Substituições que Não Rendem
Além da insistência em Matheus França como volante, Diniz sentiu, evidentemente, a falta de dois atletas cruciais para o funcionamento da equipe na recente sequência positiva. Paulo Henrique e Nuno Moreira estavam suspensos pelo terceiro cartão amarelo e não puderam entrar em campo. Os jogadores que os substituíram, Puma Rodríguez e Vegetti , também não conseguiram corresponder às expectativas.
Desse modo, o Botafogo balançou as redes mais duas vezes no segundo tempo, consolidando o placar de 3 a 0 ? e ainda teve duas bolas na trave. Três pontos indiscutíveis para o adversário. Pela segunda vez consecutiva, o torcedor vascaíno experimenta o sabor amargo de uma derrota em um confronto direto que poderia ter alimentado as esperanças de consolidação do time de Diniz na disputa por uma vaga na Libertadores.
Perspectivas e Lições para a Reta Final
Algumas escolhas e insistências de Fernando Diniz evidenciam a necessidade de buscar novas abordagens para os momentos em que é imperativo alterar o panorama de um jogo. Decisões que, há mais ou menos tempo, já demonstram não ser eficazes para auxiliar o Vasco .
Após duas derrotas em embates diretos, o sonho de uma vaga na Libertadores se torna mais distante, embora, naturalmente, ainda seja matematicamente possível. O Vasco ocupa, neste instante, a nona colocação, com 42 pontos, e pode ficar a oito pontos de distância do G-7, caso o Fluminense vença seu jogo contra o Mirassol nesta quinta-feira, no Maracanã. Restam mais seis partidas até o término do Campeonato Brasileiro, e o confronto contra o Botafogo trouxe lições valiosas sobre o que não se deve repetir nesta reta final da competição.
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