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Vascabelo Cumpre Promessa na CazéTV: O Impacto de um Ritual no Vasco

Por Redação FutVasco em 03/11/2025 14:21

No último domingo, dia 2 de novembro, o cenário de São Januário testemunhou o desfecho de uma das mais singulares promessas recentes do futebol brasileiro. Eduardo da Silva, conhecido na esfera digital como "Vascabelo", encerrou um período de 219 dias sem aparar os cabelos, um compromisso público atrelado à performance do Vasco da Gama. A aguardada cerimônia do corte capilar ocorreu em transmissão ao vivo pela CazéTV, conferindo um caráter midiático ao ato.

A gênese dessa peculiar jornada remonta a uma condição específica: Eduardo prometera raspar a cabeça somente após o Cruz-Maltino acumular quatro vitórias consecutivas, um feito que a equipe não alcançava há mais de um ano. Este pacto foi selado em 26 de outubro, quando o elenco comandado por Diniz superou o Bragantino por 3 a 0, em confronto disputado na capital paulista.

Após a concretização da meta esportiva, a expectativa em torno da promessa cresceu. Eduardo manteve o mistério sobre os detalhes da execução do corte, que finalmente se materializou no gramado de São Januário, durante o pré-jogo da CazéTV, pouco antes do revés por 2 a 0 contra o São Paulo. O evento foi inclusive abrilhantado pela narração de Luisinho, adicionando uma camada extra de teatralidade ao momento.

A Consagração do 'Vascabelo': Um Símbolo de Fé e Perseverança

Ao longo do ano, Eduardo consolidou sua figura nas redes sociais, ganhando notoriedade com atualizações constantes sobre seu voto capilar a cada partida do Vasco. Seu visual de cabelos longos e distintivos levou-o a ser carinhosamente apelidado de "Sansão da Colina", uma clara referência à figura bíblica cuja força estava intrinsecamente ligada aos seus cabelos, transformando-o num ícone não oficial da resiliência vascaína.

A popularidade do torcedor foi tamanha que ele estabeleceu um perfil específico para documentar seu desafio, intitulado "Vascabelo", que angariou uma vasta audiência de milhares de seguidores. Curiosamente, a ideia para essa demonstração de lealdade não surgiu de forma isolada, mas sim inspirada por um precedente internacional.

O britânico Frank Ilett, um dedicado aficionado do Manchester United, havia estabelecido uma promessa similar, comprometendo-se a só cortar o cabelo após cinco triunfos consecutivos de seu clube. Eduardo , percebendo a potência simbólica de tal gesto, adaptou a iniciativa para o cenário do Cruz-Maltino, conferindo-lhe uma identidade genuinamente vascaína.

Entre o Misticismo e a Realidade: A Resposta ao Destino

Apesar da peculiar coincidência de a sequência vitoriosa do Vasco ser interrompida precisamente no dia do corte ? com a derrota para o São Paulo ?, Eduardo abordou o fato com notável desprendimento. Em suas redes, ele ironizou as eventuais especulações:

"Tem gente dizendo que foi por minha causa, que perdeu porque cortei o cabelo. Não tenho relação com isso. Promessa é promessa"
, deixando claro o caráter inegociável de seu compromisso.

Um gesto de solidariedade acompanhou o desfecho da promessa, pois foi anunciado durante a transmissão que os cabelos aparados seriam destinados a instituições beneficentes. Antes mesmo da concretização da meta, Eduardo havia manifestado alguma apreensão quanto à estética final:

"Nunca raspei, tenho medo de ficar zoado. Mas vou raspar, é a voz do povo. O cabelo cresce"
, confessou ao ge antes do embate contra o Bragantino, revelando a dualidade entre o cumprimento do voto e as preocupações pessoais.

O Vasco em Ascensão: Da Promessa à Ambição Continental

O revés contra o São Paulo, apesar de pontual, não altera a conjuntura favorável da equipe comandada por Fernando Diniz, que vive sua fase mais consistente na temporada. A série de resultados positivos que culminou no cumprimento da promessa de Vascabelo foi crucial, acima de tudo, para distanciar o time da zona de descenso, um alívio significativo para a torcida.

A ambição vascaína transcende agora a mera permanência na elite. Com o Z4 já superado, o técnico Diniz alimenta aspirações mais elevadas, vislumbrando uma possível vaga na Copa Libertadores da América de 2026. Indagado sobre essa perspectiva, Eduardo da Silva expressou o sentimento de muitos:

"O Vasco na Libertadores seria um sonho tremendo"
.

Refletindo sobre o legado de sua iniciativa, o criador do "Vascabelo" ponderou sobre a longevidade do projeto:

"Se passar muito tempo, perde um pouco a graça também. Vou ver se continuo com conteúdo ou se encerro"
, revelando a consciência de que o fenômeno, embora marcante, pode ter um ciclo de vida delimitado, mas já gravado na memória afetiva dos vascaínos.

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