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São Januário: Entenda os R$ 800 Milhões da Reforma e o Impacto no Vasco

Por Redação FutVasco em 27/11/2025 13:41

As últimas semanas foram palco de intensos debates internos no Vasco, focados nos pilares da ambiciosa reforma de São Januário. O cenário atual indica uma considerável dificuldade para iniciar as obras no primeiro semestre de 2026, levando a discussões profundas sobre as alterações necessárias no projeto original. Questões cruciais como a capacidade ideal para o público e o montante total do investimento figuram como os pontos centrais dessas deliberações.

A projeção inicial de dar o pontapé inicial nas obras durante a primeira metade de 2026 já não se sustenta. O clube de São Januário está imerso em levantamentos adicionais e reconhece que os trâmites burocráticos, notadamente os procedimentos de transferência e a obtenção de licenças, representam obstáculos significativos que inviabilizam o estabelecimento de um cronograma preciso neste momento.

A visão original do Vasco previa uma expansão da capacidade do estádio para aproximadamente 47 mil espectadores. Contudo, após uma análise econômica aprofundada, essa estimativa flutuou para uma faixa entre 43 mil e 57 mil assentos. As avaliações mais recentes, no entanto, convergem para a conclusão de que o número mais adequado de torcedores a ser comportado gira em torno de 45 mil.

Atualmente, o Vasco opera com uma previsão orçamentária de R$ 800 milhões, cifra considerada indispensável para assegurar a viabilidade da execução das obras. Embora este montante não seja final, ele reflete uma revisão substancial: o custo original do projeto estava estimado em R$ 500 milhões. A primeira divulgação deste novo patamar financeiro coube ao veículo "Atenção, Vascaínos".

Este incremento no orçamento, conforme apurado pelo ge, é atribuído à atualização dos custos da construção civil ao longo dos anos, uma vez que o desenho inicial do projeto remonta a um período consideravelmente anterior.

A evolução das projeções financeiras e de público para a reforma de São Januário pode ser sintetizada na tabela abaixo:

Aspecto Projeção Inicial (aproximada) Estimativa Atual (aproximada)
Capacidade de Público 47.000 45.000
Custo Total (R$) 500 milhões 800 milhões

O Custo Crescente e a Capacidade Ideal para a Nova Casa Vascaína

A questão de como financiar os R$ 800 milhões é, sem dúvida, crucial. O clube mantém negociações avançadas para a alienação do potencial construtivo de São Januário, transação que pode render pouco mais de R$ 500 milhões. A principal fonte de arrecadação adicional para compor o orçamento total está centrada na comercialização dos naming rights do estádio, embora o clube não descarte outras modalidades de captação de recursos.

A SOD Capital, empresa que manifestou interesse na aquisição do potencial construtivo, encontra-se nos últimos dias para exercer sua opção de compra. O Vasco , em setembro, havia prorrogado este prazo até o dia 12 de dezembro, intensificando a expectativa sobre a conclusão desta etapa.

No começo de outubro, um passo fundamental foi dado com a formalização, entre o Vasco e a Prefeitura do Rio, do termo definitivo de transferência do potencial construtivo. Este documento conferiu ao clube a permissão formal para proceder com a comercialização da referida área, um avanço essencial no plano de financiamento.

Estratégias Financeiras: Potencial Construtivo e Naming Rights

O Conselho Consultivo encarregado da modernização de São Januário realizou um encontro na última terça-feira, na Sede Náutica da Lagoa, com foco primordial nas intervenções planejadas para a área circundante ao futuro estádio.

Entre as pautas discutidas, os integrantes do Conselho manifestaram a convicção de que é factível prolongar a linha do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) até as proximidades do estádio, medida que simplificaria substancialmente o acesso e a dispersão do público. Embora a Prefeitura já possua estudos para levar o VLT até São Cristóvão, com um terminal a aproximadamente um quilômetro do complexo, a sugestão do Conselho ? que conta com a participação do secretário municipal de Esportes, Guilherme Schleder ? visa a realocar essa estação para cerca de 400 metros de São Januário.

Renato Brito, 2º vice-presidente do Vasco , detalhou as discussões:

"Começamos a discutir algumas intervenções, como a duplicação da Avenida Roberto Dinamite e, principalmente, o projeto do VLT. Há uma perspectiva de que o VLT chegue aos arredores de São Januário, entre 900 metros e 1 quilômetro. A Prefeitura se mostrou disposta a avaliar a possibilidade de trazer a última estação para mais perto do estádio"
.

O dirigente complementou, reiterando o engajamento do clube:

"Naturalmente, o Vasco se colocou à disposição para destinar parte dos 6% da verba do potencial construtivo para essa intervenção. Foi uma conversa inicial, mas, se Vasco e Prefeitura conseguirem esse esforço conjunto, uma estação mais próxima será muito importante para o fluxo de pessoas no novo estádio"
.

A ideia de estender o VLT já havia sido previamente abordada pelo vereador Pedro Duarte, que atua como representante da Câmara no Conselho Consultivo. Uma nova reunião está agendada para as próximas semanas, e contará com a presença do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Osmar Lima, indicando a seriedade das tratativas.

Adicionalmente, durante a reunião da última terça-feira, foi levantada a relevância de se implementar um programa habitacional para a comunidade da Barreira do Vasco , espelhando o modelo que está em andamento na Comunidade do Aço, localizada em Santa Cruz. Contudo, esta iniciativa permanece, por ora, em fase conceitual.

Infraestrutura e Entorno: O VLT e a Revitalização da Barreira

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