- FutVasco
- Operário e Vasco Empatam: Análise da Partida Pela Copa do Brasil
Operário e Vasco Empatam: Análise da Partida Pela Copa do Brasil
Por Redação FutVasco em 01/05/2025 18:21
O confronto de ida válido pela terceira fase da Copa do Brasil entre Operário e Vasco, realizado na noite desta quinta-feira (1) no Estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa, encerrou-se com um placar de 1 a 1. A partida, no entanto, ficou marcada mais pela ausência de lances incisivos do que pela qualidade do futebol apresentado pelas duas equipes.
O time carioca, o Cruzmaltino, conseguiu abrir o marcador com um lance individual de Nuno Moreira, contudo, a equipe da casa, o Fantasma, buscou a igualdade com Boschilia, garantindo que a decisão da vaga para as oitavas de final ficasse em aberto para o jogo de volta no Rio de Janeiro.
Pouca Criatividade e o Gol do Vasco
A etapa inicial transcorreu com notável escassez de momentos verdadeiramente emocionantes para o público presente. Embora o Vasco tenha exercido um domínio territorial inicial, sua capacidade de criar perigo real à meta defendida por Elias foi mínima e sem grande inventividade.
O Operário, por sua vez, tentou impor pressão, particularmente pelo flanco esquerdo, que parecia ser o caminho preferencial. No entanto, a execução técnica deficiente de seus jogadores impediu a progressão das jogadas e a construção de oportunidades claras. Foi justamente um equívoco neste setor que culminou na vantagem adversária.
Aos 21 minutos do primeiro tempo, o atacante português Nuno Moreira capitalizou uma sobra de bola originada de Tiago Oleques nas proximidades da área. Com um chute potente de fora, ele acertou o canto, sem chances para o goleiro do Fantasma, inaugurando o marcador em Ponta Grossa. Este lance singular representou o único momento de real ameaça ofensiva do Vasco nos 45 minutos iniciais, sublinhando a falta de repertório ofensivo da equipe.
VAR, Polêmica e a Decisão Desmarcada
Um episódio controverso marcou a partida, envolvendo diretamente a atuação do árbitro Anderson Daronco. Inicialmente, Daronco assinalou uma penalidade máxima a favor do Operário, em uma disputa na área envolvendo o goleiro Léo Jardim e o atacante Allano.
Contudo, o assistente de arbitragem sinalizou impedimento de Boschilia na origem da jogada, o que, pela regra, invalidaria a marcação do pênalti. A cabine do Árbitro de Vídeo (VAR) entrou em ação e corrigiu a marcação do auxiliar, indicando que Boschilia estava em posição legal. Isso, em tese, manteria a decisão do pênalti.
Apesar da confirmação do VAR sobre a posição legal, Anderson Daronco se dirigiu ao monitor à beira do campo para revisar o lance. Após uma interrupção prolongada, superior a cinco minutos, Daronco reavaliou a jogada e, surpreendentemente, decidiu desmarcar a penalidade previamente concedida ao Fantasma. A decisão gerou intensa insatisfação e protestos de ambos os lados, adicionando mais um capítulo a atuações arbitrais questionáveis no futebol brasileiro, que impactam diretamente o andamento e o resultado das partidas.
A Resposta do Operário e o Empate Determinante
Na segunda etapa, apesar da continuidade da escassez de oportunidades claras de gol para ambos os lados, o Operário exibiu uma postura mais proativa em busca da igualdade no placar. A equipe parananese demonstrou maior ímpeto ofensivo, empurrando o Vasco para seu campo de defesa.
A persistência da equipe da casa foi recompensada pela maior iniciativa. Em uma construção de jogada envolvente pelo lado direito, Marcos Paulo e Boschilia coordenaram-se para superar a defesa cruzmaltina, que falhou na compactação.
Aos 27 minutos do segundo tempo, Boschilia recebeu o passe de Marcos Paulo (camisa 32) dentro da área e finalizou com precisão de perna direita no canto inalcançável de Léo Jardim , restabelecendo a igualdade no marcador. O empate refletiu a maior iniciativa do Operário na etapa final e pode ser considerado um resultado justo pelo desempenho geral apresentado pelas equipes.
Decisão Transferida Para o Rio de Janeiro
O desfecho de 1 a 1 no Estádio Germano Kruger transfere toda a responsabilidade e emoção para o jogo de volta. O próximo encontro entre Operário e Vasco está agendado para o dia 20 de maio, uma terça-feira, com início previsto para as 19h (horário de Brasília), no Estádio São Januário, no Rio de Janeiro.
A equipe que sair vitoriosa no confronto de retorno garantirá sua classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil. Em caso de novo empate, independentemente do placar, a decisão da vaga será definida diretamente através da disputa de pênaltis, aumentando a tensão para o duelo decisivo.
Histórico e Ficha Técnica
Este embate marcou a quinta vez que Operário e Vasco se enfrentaram na história dos confrontos diretos. Curiosamente, foi o primeiro duelo a terminar com o placar igualado. Nos quatro encontros anteriores, cada equipe havia conquistado duas vitórias, deixando o "tira-teima" em aberto para o Rio de Janeiro e adicionando um elemento histórico à partida de volta.
Abaixo, o detalhamento técnico da partida:
Operário 1x1 Vasco
Operário:
Elias; Thales Oleques, Joseph, Allan Godoi e Gabriel Feliciano (Cristiano); Jacy, Juan Zuluaga (Neto Paraíba), Boschilia (Ademilson) e Allano (Ronald); Rodrigo Rodrigues (Marcos Paulo) e Daniel Amorim. Técnico: Bruno Pivetti.
Vasco :
Léo Jardim ; Paulo Henrique, João Victor, Lucas Freitas e Lucas Piton (Victor Luis); Hugo Moura, Jair (Matheus Carvalho) e Coutinho (Alex Teixeira); Nuno Moreira (Loide Augusto), Rayan (Garré) e Vegetti. Técnico: Felipe Loureiro
Gols: Boschilia (27min 2ºT), do Operário; Nuno Moreira (21min 1ºT), do Vasco
Cartão amarelo: Allano, Joseph e Ronald (OPE); Lucas Piton , Lucas Freitas (VAS)
Cartão vermelho: Nenhum
Motivo: Jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil
Data e hora: 1 de maio de 2025 (terça-feira), às 16h (de Brasília)
Local: Estádio Germano Kruger, Ponta Grossa, Paraná
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS) e Maurício Silva Penna (RS)
Árbitro de vídeo: Wagner Reway (ES)

Curtiu esse post?
Participe e suba no rank de membros