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Exclusivo: Bastidores do VAR na Expulsão de Hugo Moura Contra o Fortaleza Revelados
Por Redação FutVasco em 16/10/2025 09:11
A recente vitória do Vasco sobre o Fortaleza, fora de casa, por 2 a 0, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, foi marcada por um momento crucial que gerou ampla discussão: a expulsão do volante Hugo Moura. O desdobramento da decisão, que deixou o Gigante da Colina com um jogador a menos por grande parte do confronto, foi detalhado nos áudios do VAR, divulgados pela CBF nesta quinta-feira (16). A análise minuciosa desses diálogos revela não apenas a dinâmica da arbitragem de vídeo, mas também a complexidade por trás de veredictos que moldam o destino de uma partida.
O incidente ocorreu ainda no primeiro tempo, quando Hugo Moura se envolveu em um lance com Guzmán, atleta do time cearense. Inicialmente, a infração foi punida apenas com um cartão amarelo pelo árbitro de campo. Contudo, a intervenção do árbitro de vídeo, Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral, recomendou uma revisão no monitor, desencadeando um processo de análise que culminaria na mudança da cor do cartão para o vermelho direto.
A Hesitação Inicial e a Análise do Contato
No início da checagem, a percepção de Rodrigo Guarizo sobre a intensidade do contato de Hugo Moura não indicava, a seu ver, uma força plena que justificasse a expulsão. O VAR expressou sua avaliação preliminar, destacando um ponto de contato na perna do adversário, mas questionando a veemência do movimento.
?Eu vejo um ponto de contato na panturrilha, mas não é pleno, não tem força alta, é média, porque ele está na disputa da bola?, afirmou Guarizo, durante a checagem.
Essa primeira leitura sinalizava uma hesitação quanto à gravidade, sugerindo que o lance poderia não ultrapassar o limiar de um cartão amarelo. No entanto, o protocolo do VAR prevê a participação de uma equipe, e as diferentes perspectivas dentro da cabine se mostrariam fundamentais para o desfecho.
Divergências na Cabine e a Reavaliação
A sequência dos eventos revelou uma divergência significativa entre os membros da equipe do VAR. Enquanto Guarizo ponderava sobre a intensidade "média", seus auxiliares apresentaram um ponto de vista distinto, questionando a interpretação inicial e defendendo uma avaliação mais rigorosa do contato. Essa troca de opiniões é um aspecto inerente ao sistema, buscando um consenso ou, no mínimo, uma análise aprofundada.
?Para mim é pleno, não é pleno esse contato? Ele mantém a perna?, disseram os auxiliares.
Diante da nova perspectiva apresentada pelos auxiliares, Guarizo reavaliou a jogada e optou por chamar o árbitro principal, Wilton Pereira Sampaio, para a revisão no monitor. A descrição do lance foi então ampliada, com o VAR apontando detalhes que reforçavam a natureza mais agressiva da ação do volante vascaíno.
?Wilton, eu recomendo uma revisão para possível vermelho. Na disputa de bola ele pega com as travas da chuteira na panturrilha por trás e vem com o peso do corpo, e tem até uma torção da dobra da articulação?, confirmou o responsável pelo VAR.
O Veredito Final e a Resiliência Cruzmaltina
Após ser acionado para o monitor, Wilton Pereira Sampaio teve a oportunidade de analisar as imagens em câmera lenta e sob diferentes ângulos. A visualização detalhada confirmou a agressividade do movimento de Hugo Moura , levando o árbitro a ratificar a decisão pela expulsão. A justificativa de Wilton enfatizou o impacto do movimento e o peso aplicado no adversário.
?Ele pisa e joga o peso do corpo em cima, não é? Vou retornar e dar o cartão vermelho para o número 25, ok??, disse Wilton, referindo-se a Hugo Moura .
A saída de Hugo Moura ainda na etapa inicial significou que o Vasco precisaria atuar com um homem a menos por mais de 60 minutos. Apesar da desvantagem numérica, o time carioca demonstrou uma notável capacidade de superação, conseguindo se impor em campo com gols de Rayan e David. A vitória por 2 a 0 não apenas representou um resultado expressivo fora de casa, mas também quebrou um tabu, sendo a primeira vez desde 2003 que o Vasco vencia o Fortaleza em seus domínios, evidenciando a força do elenco em um momento de adversidade.
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