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Derrota do Vasco para Botafogo: Análise Tática e Desempenho Frustrante
Por Redação FutVasco em 12/07/2025 20:51
No terreno irregular do Estádio Mané Garrincha, a frustração se abateu sobre o lado cruzmaltino. Após um período de quase três semanas de preparação intensa, a equipe do Vasco da Gama ficou aquém do nível exibido em sua última partida antes da pausa para a Copa do Mundo de Clubes, sendo superada pelo Botafogo por dois tentos a zero. O Glorioso demonstrou superioridade tática na marcação e viu seus recém-chegados ao elenco entregarem uma resposta contundente em campo.
Arthur Cabral, em sua primeira marcação com a camisa alvinegra, inaugurou o placar de um confronto que teve Montoro como principal figura em destaque. O defensor Kaio Fernando iniciou a jogada do primeiro gol e sobressaiu no embate individual contra Vegetti. Joaquin Correa e Nathan Fernandes também tiveram entradas impactantes, com o segundo sendo o responsável pelo gol que confirmou o triunfo. O placar, inclusive, poderia ter sido mais elástico.
No que diz respeito às formações iniciais, Fernando Diniz optou por manter a mesma base que havia atuado nas partidas sob seu comando antes da interrupção de junho. Por outro lado, a dupla Claudio Caçapa e Davide Ancelotti promoveu as entradas de Kaio Fernando na linha defensiva e de Arthur Cabral no setor ofensivo, substituindo naturalmente os atletas negociados Jair e Igor Jesus. Montoro iniciou pelo flanco esquerdo, enquanto Savarino retornou à função de meia-central em um esquema 4-2-3-1.
Tática e o Início Frustrante do Vasco
O primeiro tempo do clássico foi marcado pela escassez de criatividade por parte de ambas as equipes. Contudo, o Botafogo foi quem conseguiu construir as jogadas mais perigosas, chegando perto de balançar as redes em duas ocasiões com Arthur Cabral. A produtividade alvinegra, no entanto, não se manteve após os 25 minutos. O Cruzmaltino, por sua vez, realizou ajustes defensivos com a bola rolando e encerrou a etapa inicial com maior posse, mas com pouca eficácia nas finalizações.
O momento de desequilíbrio favorável ao Glorioso surgiu em virtude de falhas na subida da marcação vascaína. Fernando Diniz aproveitou uma paralisação para atendimento ao goleiro Léo Jardim para realizar as correções necessárias. A equipe demonstrava agressividade na marcação em campo ofensivo, mas não conseguia exercer pressão eficaz sobre a bola ao defender em sua própria intermediária.
Esse comportamento resultou na liberdade que Marlon Freitas encontrou para lançar Vitinho nas costas de Nuno Moreira. O lateral escorou de cabeça para Arthur Cabral, que só não marcou porque foi interceptado por Lucas Freitas e Léo Jardim . O Botafogo também gerou perigo em contra-ataques e em jogadas de bola parada aérea, especialmente com Kaio Fernando, que constantemente levava vantagem sobre a defesa adversária.
A Marcação Alvinegra e a Inoperância Cruzmaltina
Gregore manteve a "saída de três", alinhado à direita dos zagueiros, o que liberava a agressividade dos laterais projetados no campo de ataque e estimulava movimentos de Montoro e Artur dos flancos para o centro. O argentino Montoro acumulou boas ações, assim como Artur, que foi participativo. Savarino, contudo, permaneceu discreto até o intervalo.
O Botafogo demonstrou grande compactação defensiva, marcando em bloco médio ou alto, além de agressividade na pressão sobre a bola. Quando suas pressões eram superadas, contou com intervenções oportunas dos defensores para impedir que o Vasco concluísse seus ataques de maneira mais organizada.
O Cruzmaltino também utilizou Hugo Moura recuando para realizar a saída de bola entre os zagueiros. Paulo Henrique e Lucas Piton foram projetados pelas laterais, e os demais jogadores de meio e ataque eram constantemente movidos para um dos flancos, na tentativa de gerar superioridade numérica, ao estilo característico de Diniz. Contudo, a equipe obteve pouco êxito em superar a eficiente marcação imposta pelo Botafogo.
O Gol Alvinegro e as Mudanças Ineficazes do Vasco
O lado esquerdo do Vasco foi o mais produtivo, com Nuno Moreira sempre se destacando e buscando associações com Piton. Rayan atravessou o campo para participar, mas sua contribuição foi limitada. Vegetti , por sua vez, mostrou-se mais móvel para criar opções de passe e foi visto com toques na bola longe da área, porém, sem nenhuma efetividade.
O Vasco sofreu um revés precoce logo aos dois minutos da segunda etapa. Kaio Fernando antecipou-se a Vegetti e puxou o contra-ataque que culminou na finalização de Arthur Cabral no fundo das redes. O centroavante demonstrou mais perspicácia que João Victor ao aproveitar o rebote de Léo Jardim em um chute de Montoro. Artur teve uma participação muito boa no lance.
Diniz não esperou sequer cinco minutos após sofrer o gol para promover a entrada de Mateus Carvalho no lugar de Lucas Freitas , recuando Hugo Moura para a zaga. Pouco depois, retirou o discreto Philippe Coutinho, colocando Alex Teixeira em campo. Se a posse de bola do Vasco já era superior no empate, aumentou ainda mais com o recuo do bloco defensivo do Botafogo.
Sentença Final: A Confirmação do Domínio Alvinegro
Joaquin Correa entrou no lugar de Savarino antes da metade do segundo tempo. O venezuelano, mais uma vez, atuou abaixo de suas capacidades. A tentativa do Vasco de produzir mais ofensivamente não se confirmou em efetividade. Exceto por um chute de Rayan da extremidade direita da grande área, a equipe de São Januário não conseguiu ameaçar a meta de John.
Gradualmente, o Botafogo conseguiu aumentar seu tempo com a posse de bola. Joaquin Correa movimentou-se para gerar linhas de passe e valorizou a posse. Aproximou-se de Montoro, que buscou a mesma estratégia. Vitinho quase ampliou de cabeça ao arrematar um excelente cruzamento de Alex Telles. A marcação do Vasco , dentro de seu próprio campo, mantinha-se pouco intensa.
Arthur Cabral saiu visivelmente cansado perto dos 30 minutos. Nathan Fernandes entrou em seu lugar, um acerto estratégico. Havia muito espaço para lançar o ex-atacante do Grêmio nas costas da defesa vascaína. Ele não titubeou ao receber de Marlon Freitas e concluiu a excelente transição rápida com a bola no gol. Montoro, mais uma vez, teve participação decisiva na jogada. Joaquin Correa e Vitinho ainda tiveram boas oportunidades para ampliar o placar, mas finalizaram mal. O Vasco contou com as entradas de GB, Garré e David. No entanto, permaneceu inerte e improdutivo com a bola, além de desorganizado taticamente sem ela. Em nenhum momento chegou perto de ameaçar o resultado construído pelo Botafogo.
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